Os Ancestrais

Johann Georg Quint e Sophia Quint (Nascida Warth)

Em Busca da Terra Prometida

Essa busca começou quando, Johann Georg Quint e Sophia grávida de alguns meses deixaram a localidade de Birkenfeld, na Prússia, rumaram para o Porto de Antuérpia na Bélgica, e iniciaram a travessia oceânica com destino ao Brasil.
Antes da chegada ao porto do Rio de Janeiro, que ocorreu no dia 22 de maio de 1862, nasceu um menino e assim foram recebidos na Hospedaria do governo no dia 24 do mesmo mês, onde foram registrados: Joh Georg Quint 22 anos, Sophia 27 anos e um recém nascido.

Mapa da Prussia - 1881

No dia 30 de maio de 1862, seguiram para Santa Catarina, para se estabelecerem nas Colônias do Governo a que deram preferência.
Chegando a solo Catarinense, seguiram para Santa Isabel, Colônia situada às margens do rio dos Bugres ao longo da estrada que segue da Cidade de São José à de Lages.

Vista da Baía Sul de Desterro, em 1868, pintado pelo alemão Joseph Brüggmann

Quando chegaram a sede da Colônia, é que foi realizado na Paróquia Evangélica de Confissão Luterana de Santa Isabel, o batismo do primeiro descendente recebendo o nome de Johann Jacob no dia 7 de julho de 1862, e, teve como registro de nascimento a data de 18.05.1862.
No dia 7 de julho de 1862, e, já na sede da Colônia é realizado na Paróquia Evangélica de Confissão Luterana de Santa Isabel, o batismo do recém nascido, recebendo o nome de Johann Jacob, que teve como registro de nascimento a data de 18.05.1862,

Em 1863, o Sr. Joaquim José de Sousa Corcoroca, Diretor da colônia, realiza a demarcação dos lotes de terras, sendo o de numero nove o lote distribuído à família Quint, situado as margens esquerda da Quarta Linha da Colônia Santa Isabel.
Em 6 de julho de 1868, Georg Quint recebe o Título Provisório de Terras, com mais ou menos 100.000 (cem mil) braças quadradas distribuído, de acordo com a planta de 1863. Fato este, já prevendo a emancipação de duas colônias, (Santa Isabel e Teresópolis), o que provocou a migração de muitas famílias, e jogando-as a viverem a suas própria sorte, perdendo assim, os direitos adquiridos durante o processo imigratório e sonho da terra prometida.
Após a emancipação das colônias, Johann Georg Quint, Sophia Warth e seus filhos, deixaram a localidade de Quarta Linha, onde permaneceram por mais de 10 anos, e migraram para o litoral, localidade hoje, Centro Histórico do Município de São José.

Durante o período em que permaneceram na localidade da Quarta Linha, Joh Georg Quint e Sophia Wartht tiveram 5 (cinco) filhos: Elisabetha (*11.08.1863); Heinrich (*24.05.1865); Carolina (*21.04.1867); Carl (*19.07.1868) e, Georg (*07.03.1872).

No litoral (Centro Histórico de São José), localidade que até hoje, é marcada com a presença de muitos de seus descendentes foi que nasceram no caso seus 3 (três) últimos filhos: Johann (*10.11.1874); Georg (*11.10.1875); e Friedrich (*09.01.1879).

Em 1880, Jorge Quint (Johann Georg) adquire oficialmente a que, teria sido tal vez, a primeira residência pertencente à família Quint, na cidade de São José. Quando, no dia 20 de novembro deste mesmo ano, arremata em hasta pública, uma morada situada a Rua do Fogo.

Em 1889, Jorge Quint (Johann Georg) e Sophia teriam seguidos para a extinta Colônia Teresópolis, onde adquiriram o lote de número 2 (dois) na localidade de Rio São Miguel, margem direita, demarcada em 9 de maio deste mesmo ano, em uma área de 526,600 metros quadrados. No ano seguinte, dia 12 de dezembro, Jorge Quint adquiri o lote número 20 (vinte) situado na margem esquerda, nesta mesma localidade, contendo 220,000 braças quadradas.

Em 1894 Palhoça e desmembra de São José, assim a localidade da residência de Georg e Sophia passa a ter a denominação de Distrito de paz da freguesia de Teresópolis.

Em 1895, Jorge Quint (Johann Georg) e Sophia, teriam deixado a Cidade de Palhoça e retornado a Cidade de São José. Agora por definitivo, arrematando em hasta pública em 15 de agosto de 1896, um terreno do Estado, denominado “Passal”, situado no centro da Cidade, contendo uma área de 2.500 (duas mil e quinhentas) braças quadradas.

Foto de 1920. Em primeiro plano o Convento dos Padres Franciscanos, antiga propriedade de Georg Quint em 1896.
Fonte: Livro São José da Terra Firme pg 208, de Gilberto Gerlack e Osni Machado

Aos 3 dias do mês de novembro de 1901, data em que toda família Quint estaria residindo na Cidade de São José é realizado no cemitério público de São José o enterro de Sophia Quint, falecida aos 66 (sessenta e seis) anos de idade. Sophia deixou, esposo e seis filhos. Pois já teria perdido o primeiro de nome Georg, Carl e Friedrich.

Após a morte de sua esposa, Jorge Quint (Joh Georg) vende a maior parte de suas propriedades para a Provincial Ordem Franciscana. Esta propriedade continha 50 (cinquenta) braças de frente que faziam frente à Rua do Cadeado, compreendendo uma área superficial de mais de 52.000m2, existindo ali uma casa coberta de telhas e construída de tijolos, com portada e 5 (cinco) janelas, 1 (um) paiol, 1 (um) engenho, mais uma casa e uma estrebaria.

Em 16 de novembro de 1911, Jorge Quint, solicita ao Coletor das Rendas Estaduais de São José, com oficio assinado pelo seu filho João Quint, a exclusão de seu nome nos registros dos lançamentos de indústrias e profissões, por ter fechado sua padaria.

No dia 22 de setembro de 1912, o Alemão (Johann Georg Quint) Jorge falece, e teve seu corpo sepultado no Cemitério Público de São José e seus bens inventariados em 31 de outubro do mesmo ano.

6 comentários:

  1. Prezado José Amaro Quint,

    Fiquei imensamente feliz em receber sua mensagem, ainda mais em saber que nosso trabalho acabou lhe incentivando a continuar as pesquisas sobre sua família. De fato essa era nosso objetivo, por ocasião do lançamento do livro em meu discurso lembro que falei que de forma alguma esse trabalho era conclusivo, e que estava abrindo um leque para que outros intentassem nessa nobre missão de resgatar nossa história. Vejo que o amigo fez muito em suas pesquisas e se houver permissão estarei incluindo alguns dados no histórico que paresento no nosso website. E certamente numa futura reedição do livro Fé, Honra e Coragem de um Povo.

    Um Forte abraço,

    Dario Lins
    49 91429517
    www.amiaebr.org
    www.dariolins.com

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  2. Olá, Sr. José. Gostaria de saber se Yohann manteve sua cidadania alemã quando chegou ao Brasil, você teria essa informação?

    Parabéns pelo trabalho.

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    1. Não sei quem esta fazendo a pergunta! Mas, vamos lá: Em 1885, ele solicitou a sua naturalização brasileira, documento que foi despachado em 30 de setembro.

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  3. Parabéns Sr José Amaro Quint pelo trabalho e dedicação! Me Chamo Leonardo Quint, sou filho de Geane Olívia Quint e Neto de Nilza Quint e Jaime Quint.

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  4. Parabéns pelo trabalho de resgate de.nossa história.

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